Com revogação do decreto 12.696 de maio de 2015 que obriga retorno da jornada de trabalho dos servidores municipais de oito horas diárias, o Sindicato dos Servidores de Campo Grande (Sisem) convocou assembleia geral para segunda-feira (11) para discutir indicativo de greve.
De acordo com presidente do sindicato, Marcos Tabosa, cerca de 2800 servidores municipais administrativos serão afetados com medida que foi adotada pelo prefeito afastado Gilmar Olarte, em 2015, diante da falta de condições da Prefeitura de reajustar salário dos servidores. "Em 2015 tivemos reajuste zero, então esse decreto que permitia redução da carga horária de trabalho dos servidores para seis horas diária foi uma alternativa para evitar mais injustiça contra servidor", diz Tabosa.
Com revogação do decreto, servidores administrativos de secretarias, autarquias e fundações, que trabalhavam seis horas por dia, cumprindo carga horária semanal de 30 horas, deverão a partir desta sexta-feira (8) trabalhar duas horas a mais, voltando à carga horária de oito horas diárias, 40 semanais. Guardas municipais, médicos e administrativos da educação não estão inclusos na revogação do decreto.
Conforme nota divulgada pela Prefeitura, a medida foi adotada para garantir atendimento ao público. "A prefeitura de Campo Grande precisa da força de trabalho com jornada de 8 horas para cumprir todas as obrigações com o atendimento ao público", diz a nota. Em nota o secretário de administração também justifica medida e diz: “Não conseguimos cumprir todas as metas de trabalho com os servidores trabalhando 6 horas. O estatuto dos servidores diz que todos devem cumprir às 8 horas, ou seja, 40 horas semanais”.
Para Tabosa, a justificativa é infundada. "Em nenhum momento a população foi prejudicada. Isso é uma grande mentira. Ele fica usando esses artifícios, essas palavras de efeito, quem está prejudicando população é ele. A cidade estava caminhando depois que ele entrou virou caos, agora quer colocar culpa no servidor."
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